O novo presidente da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica, Francisco Romário Wojcicki, declarou, ontem, em visita a Bagé, que revisará contratos e avaliará processos internos da empresa, que é investigada por acusação de associação criminosa entre empregados públicos e grupos de empresários, que teriam se beneficiado com a venda de materiais.
"Um pente fino", como afirmou ele em entrevista coletiva, na parte da manhã, quando acompanhava solenidade de lançamento da quarta etapa do programa Jovem Aprendiz. Wojcicki assumiu a companhia no dia 10 de novembro. Apesar da convicção quanto a tais necessidades, esclarece que não está se envolvendo com o processo de investigação.
Ele priorizou falas relacionadas ao trabalho e apontou uma necessidade: alavancar o carvão. Segundo ele, a urgência pela expansão, em 2025, será notória. A demanda será urgente. "Acredito no carvão", salientou, ao ponderar sobre a existência de tecnologias capazes de gerar menos impactos ambientais. O profissional diz acreditar na geração de energia termelétrica com qualidade. "A tecnologia está presente e tem que ser desenvolvida", pontuou, ao garantir que essa será uma das pautas de sua gestão.
Sobre a companhia, apresenta, ainda, o desafio de equilibrar receitas e despesas. "Uma avaliação estrutural da empresa é necessária", disse. Fala sobre a presença iminente da Tractebel (que constrói a Usina Pampa Sul em Candiota), ao garantir que não se trata de uma concorrente. "Chega para complementar", defende.
Hoje, o consumo no país per capta é de 2,5 mil KW/H. "É baixo", avaliou. Mais energia significa conforto, qualidade de vida, alavanca a indústria, como justifica o profissional. Wojcicki atuou no Ministério de Minas e Energia por 10 anos. Tem 57 anos e é enfático: "Não tenho ligação política, sou técnico".
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